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O Poder corrompe...

O poder torna as pessoas estúpidas e muito poder, torna-as estupidíssimas. (R. Kurz)

Segundo Lacan a partir do momento em que alguém se vê "rei", sua personalidade muda. Seu olhar sobre e para o Outro se torna diferente; admita ou não ele olhará "de cima" os seus "governados", os "comandados", os "coordenados".

Li um artigo de Raymundo Lima, Psicalista, e Professor da UEM, que descreve de forma magistral sobre o adoecimento moral que o poder provoca naqueles que o detém. Nestes tempos de Podres Poderes, sob os quais estamos de algum modo subjugados, entendo oportuno lançar mão de alguns trechos do referido artigo, como estimulo a reflexão e análise crítica, para todos nós.

Diz o citado Autor:  

“Uma vez no poder, o sujeito precisará de personas (máscaras) e molduras de sobrevivência”. A persona serve para enganar a si e aos outros. A moldura é algo necessário para delimitar simbolicamente a ação dele enquanto representante do poder. A ausência de moldura ou o seu mau uso fará irromper a força pulsional do sujeito que anseia por mais e mais poder, podendo vir a se tornar uma patologia psíquica. A história coleciona exemplos: Hitler, Stalin, Mobutu, Collor de Melo, Pol Pot, Idi Amim, etc. 
[Acrescento Lula, Dilma , e a trupe do PT.]

No filme As loucuras do rei George III da Inglaterra, somos levados a perceber duas coisas: o quanto que as pessoas recusavam a ideia de um rei que perdeu a razão em função de uma doença e, que fazer para impedir alguém que representa o poder máximo de uma nação, devido a suas loucuras?  

O sociólogo M. Tragtenberg certa vez observou como muitos intelectuais discursam uma preocupação pelo "social", mas estão mesmo preocupados com a sua "razão do poder". “Há uma espécie de “gozo louco” pelo poder, que faz subir a cabeça dos que estão jogando para ganhá-lo um dia.”.

A mudança do Indivíduo que chega ao Poder, é tanto interna quanto externa: recorrem a cirurgias plásticas [vide Dilma], renovam o guarda roupa, contratam personal style, trocam a 25 de março ou o Saara pela Daslu, por Nova York... etc. e tal.  Claro, em se tratando de Políticos, às nossas custas.  

É um processo tipo assim “nouveau riche”. Qualquer coisa como gente sem eira nem beira, que num piscar de olhos muda do subúrbio para Barra da Tijuca, ou para o Morumbi. Os Amigos de antes?  Descartados.

Compram a preço de ouro, a companhia de Pseudos Ricos [nobres de bolsos vazios] com mesuras e poses, ainda que permaneçam “tolos carregados de ouro”. Pagam ingresso para a ala VIP  do falido high society , mesmo sem saber sequer a diferença entre self service e um mise-en-place.

Aqueles que o levaram ao Poder são transformados em arquivo morto- porque detentores de sua história pregressa, geralmente escrita com letras nada honrosas, consequentemente proibidas para as faixas etárias de 0 a 80 anos.

“O sujeito quando no poder protege-se da crítica reforçando pactos de autoengano com seus colegas de partido. Reforçam a crença de que representam o Bem contra o Mal, recusam escutar o outro que lhe faz crítica e que poderia norteá-lo para corrigir seus erros e ajudar a superar suas contradições.”

Considerando os argumentos postos, concluo:

Qualquer semelhança com os atuais Gestores Públicos [de Brasília aos Municípios], não é mera coincidência, estão de fato contaminados pelo vírus da imoralidade ética e politica, possuídos por uma loucura narcísica.

C'est la vie, parfois amer, parfois aigre!.

anadeabrãomerij

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Como o bom filho ,sempre a casa retorna, recomendo a leitura de Ensaio sobre Africanidades do Escritor e querido Amigo Gociante Patissa, lá de Benguela.

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